
OEI anuncia vencedores internacionais do Prêmio Ibero-americano de Educação em Direitos Humanos
Os quatro vencedores da etapa internacional do Prêmio Ibero-americano de Educação em Direitos Humanos foram anunciados hoje, 27, pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI). Esta terceira edição contemplou centros educacionais do Chile e México e projetos da sociedade civil da Guatemala e Porto Rico. A divulgação ocorreu no México. A iniciativa é realizada pela OEI em parceria com Fundação SM e conta com a colaboração do Ministério da Educação Pública e de Ministério das Relações Exteriores do México.
Cada vencedor recebe US$ 5 mil para ser investido no projeto. Vinte países membros da OEI participaram da iniciativa. A escolha foi realizada pelo júri do prêmio reunido ontem, 26, no Ministério das Relações Exteriores da Cidade do México.
O prêmio tem o objetivo de reconhecer o trabalho das instituições que atuam na defesa e promoção dos direitos humanos por meio da educação, na promoção do desenvolvimento de projetos implementados por pelo menos dois anos, além de recuperar e disseminar boas práticas educacionais nessa tarefa. É dedicado ao arcebispo Óscar Arnulfo Romero.
Monsenhor Romero foi um sacerdote de El Salvador. Quarto arcebispo da metrópole e firme defensor dos direitos humanos. Romero foi assassinado no dia 24 de março de 1980 durante a celebração de uma missa. O fato é visto como um dos motivos que desencadeou a guerra civil no país que durou 12 anos e deixou para trás cerca de 100 mil mortos. Em 14 de outubro, o Papa Francisco canonizou-o, fazendo dele o primeiro santo de El Salvador. A sua figura dá o nome a este prêmio.
VENCEDORES
Categoria A (instituições de ensino)
• Chile, do Centro de Educação Técnica Valparaíso Liceo, para o projeto “Inclusão pela equidade social”.
• México, da Escola Primária Lic. José Ma. Pino Suárez, para o projeto “Rádio, televisão e imprensa escolar”.
O júri concedeu menções honrosas aos seguintes países:
• Equador da Unidade Municipal de Educação Calderón, para o projeto “Mulheres e comunidade”.
• Uruguai do Centro de Recursos para Alunos Cegos e com Baixa Visão, para o projeto “Manos que miram”.
• Colômbia, da Instituição Educacional Francisco de Miranda, para o projeto “Experiência etnoeducacional bilíngue para alunos com deficiência auditiva”.
• República Dominicana da Babeque High School, para o projeto “Arahuacos Camp”.
Categoria B (organizações da sociedade civil)
• Guatemala, do Instituto Internacional de Aprendizagem para Reconciliação Social, para o projeto: "Jovens discutindo os desafios para construir a paz na Exposição. Por que somos como somos?".
• Porto Rico, da organização Project Nacer, Inc., para o projeto: “Defendendo quem somos”.
O júri concedeu menções honrosas aos seguintes países:
• México, Melel Xojobal, A. C., para o projeto: "Escola Feminista" Código F ".
• Argentina, Biblioteca Popular La Carcova, para o projeto: “Ombudsman Territorial de Direitos Humanos de San Martin”.
• Bolívia, Escola de Treinamento de Liderança promovida pelo Centro de Pesquisa e Promoção Camponesa, para o projeto: “Escola de treinamento de liderança com jovens de áreas rurais”.
• El Salvador, Comunidade Monsenhor Romero, para o projeto: “Programa terapêutico comunitário para os direitos humanos das crianças com deficiência no departamento de Usulután”.
Protagonismo - O prêmio de Educação em Direitos Humanos começou com a OEI no Brasil em 2008. Em 2015 passou a ser um concurso internacional. Atualmente envolve os 23 países que fazem parte da Organização.
Na primeira edição internacional (2015), o Brasil foi destaque. A professora Gina Vieira, da Ceilândia, foi a vencedora das etapas nacional e ibero-americano. A entrega do prêmio daquele ano ocorreu na Colômbia. A professora Gina tem um trabalho pedagógico de empoderamento de alunas do DF por meio da literatura. O seu projeto acabou sendo adotado pelo GDF como política pública no Distrito Federal.